Diferença entre galvanização a fogo e galvanização eletrolítica.
Uma das maiores preocupações de quem gosta de peças de ferro é a ferrugem, que é a oxidação do ferro quando em contato com atmosferas úmidas (ar e água), acaba corroendo a peça até a degradação do material.
E a ferrugem é uma das principais causas da perda de ferro no mundo.
Embora, as pinturas especiais que prometem isolamento do material com o ambiente, estão sempre em desenvolvimento, e a cada dia uma marca nova surge no mercado, elas ainda estão longe de evitar a ferrugem.
Existem tratamentos de superfície, tais como, cromatização, niquelação, que podem proteger o material com mais eficácia. Mas, são proteções que tem um custo alto e acabam inviabilizando o uso.
Entre os processos de proteção já desenvolvidos que tem um custo bem mais baixo, é a zincagem por imersão a quente, conhecida como Galvanização a fogo e a zincagem a frio, conhecida como Galvanização eletrolítica.
Esse tipo de tratamento tem tido uma boa aceitação no mercado e cumpre a sua tarefa de proteger o ferro da oxidação.
A galvanização, nada mais é do que um depósito de zinco, sobre o ferro, que o isola de atmosferas úmidas.
Entenda um pouco sobre, a galvanização eletrolítica e galvanização a fogo.
História da galvanização
O químico francês Melouin descobriu que o zinco era capaz de proteger as ligas de aço da ação corrosiva da atmosfera, no ano de 1741.
Mas, o processo de galvanização somente passou a ser utilizado em 1837, quando Sorel, engenheiro francês, desenvolveu o processo de galvanização, ainda utilizado até hoje, fazendo uma decapagem e uma fluxagem, antes da deposição do zinco na peça.
A proteção do aço ocorre, porque a camada de zinco sobre o metal, oxida ao invés do ferro, é como se o zinco se sacrificasse para manter a integridade do aço. Como o zinco é mais anódico que o aço, na série galvânica, é ele que se corrói, originando a proteção catódica.
O nome galvanização foi dado referindo a cela galvânica que é criada quando o revestimento de zinco é oxidado, o aço é protegido galvanicamente pelo revestimento de zinco.
A excelente resistência à corrosão do zinco, quando exposto a ambientes naturais como atmosfera e águas naturais é a razão da sua grande utilização.
Sua aplicação mais importante é como revestimento de proteção contra a corrosão de estruturas de aço. Neste tipo de aplicação, é utilizado aproximadamente 50% de todo zinco produzido mundialmente.
A galvanização pode ser encontrada em quase que todo tipo de aplicação na indústria, onde o aço é empregado. As indústrias de utilidades domésticas, processos químicos, papel e celulose, construção civil, automotiva e de transporte.
Durante os anos foram criados dois métodos de zincagem, a fogo e a eletrolítica.
Galvanização a fogo
Também conhecida por galvanização por imersão. Esse método, trata-se de mergulhar a peça de aço num tanque com zinco derretido numa temperatura de 460º C. Onde o zinco se deposita na superfície da peça, protegendo-a.
A galvanização a fogo tem uma maior espessura do revestimento de zinco e tem maior aderência e resistência a abrasão. O revestimento nesse processo também é mais uniforme, dando maior acabamento à peça.
A maior desvantagem do processo de zincagem por imersão é o alto custo envolvido no processo da galvanização. Por isso, é mais indicada para materiais com maior exposição ao tempo ou produtos que demandam maior proteção para o aço.
Galvanização eletrolítica
Na galvanização eletrolítica a eletricidade é considerada a matéria-prima mais importante no processo.
É necessário fornecer energia elétrica para que ocorra a deposição do metal a partir dos seus íons mediante fornecimento de elétrons (eletrólise).
Trata-se, então, de uma eletrodeposição na qual uma corrente contínua é forçada a passar pelos eletrodos e pela solução, fazendo com que o metal que dá o revestimento seja ligado ao polo positivo para promover sua oxidação, repondo na solução os cátions do metal eletrodepositado no objeto condutor ligado ao polo negativo.
A galvanização eletrolítica, deixa a superfície mais lisa e brilhante. E em comparação com a galvanização a fogo, a eletrolítica tem um custo mais baixo.
Oferece uma alta resistência ao material e tem boa aderência na pintura.
Mas, a resistência a corrosão é menor que se comparada a galvanização a fogo, pois a camada de zinco é menor. Afinal, quanto maior a espessura da camada de zinco, maior é a proteção á corrosão.
Os dois processos, tanto a galvanização a fogo como a eletrolítica, possuem, resistência a corrosão, aderência pintura e soldagem mais eficiente.
Luci Buzo
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1 comentário
Marcos goes · 24 novembro, 2020 às 0:14
Ótimo trabalho!
Após perder muito tempo na internet encontrei esse blog
que tinha o que tanto procurava.
Parabéns pelo texto e conteúdo, temos que ter mais
artigos deste tipo na internet.
Gostei muito.
Meu muito obrigado!!!